Quarta, 03 de Setembro de 2025
35°

Tempo limpo

Palmas, TO

Educação Educação

TEA: estudo aponta preconceito de gênero no diagnóstico

Mascaramento do autismo em mulheres foi apontado pelo Journal of the Academy Autism and Developmental Disorders como uma das causas da subnotificaç...

22/09/2023 às 16h36
Por: Redação Fonte: Agência Dino
Compartilhe:

Embora não haja dados consolidados sobre o transtorno no Brasil, estima-se que haja 6 milhões de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) no Brasil, incluindo não diagnosticados. A hipótese se baseia em um levantamento do Centro de Controle de Prevenção e Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, com as proporções deste levantamento estadunidense sendo aplicadas à população brasileira.

Outro estudo, divulgado pelo Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, concluiu que a verdadeira proporção entre homens e mulheres com TEA não é de 4 para 1, como se acreditava, e sim de 3 para 1. O relatório aponta, ainda, a possibilidade de haver preconceito de gênero no diagnóstico e infere sobre mulheres correrem um risco desproporcional de não receberem um diagnóstico clínico.

O estudo é citado em um artigo publicado no Journal of the Academy Autism and Developmental Disorders, que apontou como uma das causas da subnotificação do número de diagnóstico de TEA entre mulheres a camuflagem - ou mascaramento do autismo.

Segundo a especialista em neurodesenvolvimento e diretora do Instituto Neuro, Dra. Jéssica Cavalcante, o mascaramento é a prática consciente ou inconsciente por parte de indivíduos autistas de ocultar, ou minimizar, características do TEA para se adequar às expectativas sociais.

“Em mulheres com autismo, o mascaramento pode incluir imitação de comportamentos sociais, controle expressivo, forçar-se a participar de atividades sociais, tolerar estímulos desconfortáveis ou esconder reações a eles e desenvolvimento de roteiros sociais”, aponta Cavalcante. 

Cavalcante explica que culturalmente há pressões diferentes sobre o comportamento feminino e masculino. As mulheres são frequentemente socializadas para serem mais empáticas, comunicativas e sociais. Isso pode levar as mulheres autistas a se esforçarem mais para se adaptar às normas sociais, resultando em mais mascaramento.

“Algumas mulheres podem adotar esses comportamentos para evitar estigmas. É comum tentar mascarar ou esconder características físicas ou comportamentais autistas, como estereotipias ou dificuldades com contato visual, mesmo que se sintam desconfortáveis”, esclarece, pontuando, ainda, que o mascaramento contínuo pode levar a problemas como exaustão mental, ansiedade e depressão. 

Para saber mais, basta acessar: https://www.institutoneuro.com.br/

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Palmas, TO Atualizado às 15h01 - Fonte: ClimaTempo
35°
Tempo limpo

Mín. 25° Máx. 37°

Qui 38°C 25°C
Sex 41°C 27°C
Sáb 40°C 28°C
Dom 40°C 28°C
Seg 38°C 31°C
Horóscopo
Áries
Touro
Gêmeos
Câncer
Leão
Virgem
Libra
Escorpião
Sagitário
Capricórnio
Aquário
Peixes