É na infância que as crianças começam a construir e apropriar-se de seus conhecimentos e os professores são atores sociais essenciais nesse processo, pois estimulam o desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo e social delas. Pensar estratégias de ensino que incluam, além das atividades pedagógicas curriculares, a construção de valores humanos e sociais são desafios permanentes dos professores, especialmente daqueles que se dedicam à educação infantil.
A professora Adriana de Castro Silva, 41 anos, que atua no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Ciranda Cirandinha, localizado na Quadra Arno 31 (303 Norte), busca diariamente contribuir com o aprendizado dos seus alunos. E foi pensando em contribuir ainda mais com a formação integral das crianças que a professora decidiu colocar em prática uma ação inovadora, na qual as brincadeiras com luzes, cores e sombras promovem atividades lúdicas e educativas, que despertam o interesse das crianças e vem apresentando excelentes resultados no aprendizado das turmas de Maternal I e II do Cmei, compostas por crianças da faixa etária entre dois e quatro anos.
A educadora conta que, juntamente com as professoras Fernanda dos Santos, Nádja Taine Silva e Margareth Souza, desenvolve o projeto ‘Luz, cores e sombras – reflexo e transparência sob a ótica das crianças’, que tem como objetivo principal promover a sensibilização artística das crianças. “Quem trabalha com crianças pequenas sabe que um simples ato de acender e apagar luzes chama sua atenção e foi partindo desse interesse delas que pensamos em desenvolver o projeto”, conta.
Segundo Adriana, semanalmente, são planejadas propostas pedagógicas para que as crianças possam explorar cada espaço da unidade e fazer suas próprias descobertas. Novos materiais como data-show, lanterna e luz negra, dentre outros, são adicionados aos poucos para enriquecer as experiências e explorações dos pequenos. “As propostas pedagógicas que envolvem interações e brincadeiras permitem que as crianças construam conhecimentos sobre elas mesmas e desenvolvam sua própria autonomia de forma integral. Por meio dessas brincadeiras, elas imaginam, criam e constroem vivências cotidianas”, afirmou.
Em uma fase marcada pela descoberta do próprio corpo e do mundo, as experiências no projeto estimulam a produção de garatujas ordenadas - são os primeiros grafismos e expressões criativas da criança. Elas costumam ocorrer entre o primeiro e o quarto ano de idade e começam no momento em que a criança consegue rabiscar com um lápis, giz ou caneta com firmeza -, além de antecipar o contato com papel e lápis. Atreladas às demais competências estabelecidas no currículo, estas vivências facilitam o trabalho do próximo período escolar, que marca o primeiro contato com as letras e inicia a alfabetização.
Trajetória de aprendizado
Efetiva da rede municipal desde 2014, a pedagoga é especialista em neuropsicopedagogia. Antes de ingressar na docência ela trabalhava na iniciativa privada na área de Recursos Humanos. Ela conta que desde que entrou na educação sua trajetória tem sido de muitas aprendizagens, com erros e acertos, mas sempre com o objetivo de fazer o melhor pelas crianças. “Elas são minha principal inspiração para aprender. Estou sempre em busca de obter conhecimento para aprimorar ainda mais a minha prática”.
Após nove anos atuando como professora na educação infantil, Adriana afirma que o seu sentimento é de pertencimento. “Acredito nas crianças e na educação infantil de qualidade que temos na rede municipal de Palmas. Por isso, nós professores temos nos esforçado diariamente para entregar essa educação de qualidade às nossas crianças”, afirma.
Mín. 22° Máx. 32°